Centro histórico de Florianópolis: 12 lugares especiais para visitar

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O centro histórico de Florianópolis é uma região especial da capital catarinense, pois abriga momentos e lugares que contam o passar do tempo de uma região que vem se desenvolvendo ao longo dos séculos.

Para aproveitar a viagem de férias e sair um pouco do roteiro de praias, você pode caminhar nessa região durante o dia e viver uma experiência repleta de surpresas e curiosidades. Quer saber quais?

Conheça 12 lugares especiais para visitar no centro histórico de Florianópolis!

Uma experiência completa pelo centro histórico de Florianópolis

1. Memorial ao Miramar

O passeio pelo centro histórico de Florianópolis pode começar pela Praça Fernando Machado, onde está o Memorial ao Miramar.

Trata-se de um monumento que homenageia o antigo Trapiche Municipal Miramar, que ficava ali há algumas décadas, antes do surgimento do aterro, na época em que o mar chegava ao Mercado Público.

Esse trapiche tinha estilo arquitetônico eclético, rico em detalhes. A fronteira do portal de acesso continha elementos neoclássicos e insinuações em art déco.

Já na parte alta da fachada, notava-se um vitral com dois golfinhos em massa, decorado com platibanda recortada.

Anexo ao trapiche havia o Bar Miramar, que funcionava ainda como confeitaria e restaurante. Era símbolo de modernidade na época, portanto, frequentado pelas famílias mais tradicionais de Floripa.

O bar, inclusive, foi palco de alguns espetáculos de teatro.

2. Praça XV de Novembro

Aproveite a localização e atravesse a rua para a Praça XV de Novembro, a mais tradicional da cidade.

É tão tradicional que ali foi o palco da fundação da Vila Nossa Senhora do Desterro, primeiro nome de Florianópolis, em 1662, pelo bandeirante Francisco Dias Velho. 

Floripa nasceu, cresceu e se desenvolveu a partir deste local.

Ao caminhar pela Praça XV de Novembro, uma enorme figueira vai despertar sua atenção. A imponente árvore também tem história.

A começar que a figueira tem mais de 150 anos e, junto às suas raízes, há uma placa que conta um pouco de sua magia e esplendor:

“…foi numa manhã de verão, cheia de sol e vida, do mês de fevereiro do ano de 1891, que a jovem figueira, contando, talvez, seus 20 anos, foi retirada do Jardim da Matriz e aqui carinhosamente replantada”.

Não se sabe ao certo o motivo de a figueira ter sido transferida para a praça, mas há quem diz que ela seria cortada e que a mudança de endereço foi a solução para preservá-la.

Outros dizem que bruxas viviam na árvore que, caso fosse cortada, lançariam maldições.

Independentemente da história, o tempo transformou a figueira em um ponto turístico associado a desejos. Manda a tradição dar algumas voltas ao redor da árvore. A quantidade dependerá do seu desejo:

  • Uma vez para quem deseja voltar a Floripa;
  • Duas vezes para encontrar um par;
  • Três vezes para quem quer se casar;
  • Sete vezes para realizar outros desejos.

Além da figueira e de sua curiosa história, a Praça XV de Novembro conta com monumentos a heróis mortos na Guerra do Paraguai e personagens históricos da cidade, dentre eles o pintor Victor Meirelles e o historiador José Boiteux.

3. Catedral Metropolitana de Florianópolis

Depois de passear na Praça XV de Novembro, suba a escadaria e visite a Catedral Metropolitana de Florianópolis, que começou a ser erguida em 1678 pelo mesmo bandeirante que inaugurou a até então vila.

Aliás, Francisco Dias Velho foi assassinado dentro da capela por piratas ingleses em 1687.

A catedral é patrimônio histórico tombado pelo Município e Estado e desde sua inauguração já passou por diversas reformas e restaurações.

Ah! Uma curiosidade: toda catedral tem uma cadeira usada pelo arcebispo, que se chama cátedra. A da Catedral Metropolitana de Florianópolis foi doada pelo primeiro bispo de Montevidéu, Dom Jacinto Vera.

Dom Jacinto tinha uma relação especial com Florianópolis, pois nasceu em um navio ancorado em terras catarinenses, em 1813. Foi batizado ali, na catedral do antigo Desterro.

Antes de falecer, em 1881, havia deixado expresso desejo de doar sua cátedra à igreja onde foi batizado.

4. Palácio Cruz e Sousa

Na esquina, em frente à catedral, está o Palácio Cruz e Souza, sede do governo de Santa Catarina por décadas.

Imponente, o palácio chegou a receber a visita dos imperadores Dom Pedro I e Dom Pedro II. Na atualidade, funciona como o Museu Histórico de Santa Catarina.

Mas esse sobrado colonial, construído pelo governador Brigadeiro José da Silva Paes, nem sempre foi o Palácio Cruz e Souza.

A arquitetura, por exemplo, mudou com o tempo. Quando foi inaugurado, possuía detalhes portugueses e açorianos e sua cor era branca, uma característica da simplicidade do colonialismo.

Em 1785, o casarão colonial tinha três seções e dois pavimentos.

Já no século XIX, precisamente em 1977, foi ampliado e ganhou ares de neoclassicismo. Dois anos mais tarde recebeu o nome Palácio Cruz e Souza.

A inauguração, como Museu Histórico de Santa Catarina Palácio Cruz e Sousa, ocorreu em 1986.

Uma curiosidade: a vontade de cada habitante do palácio permanece por lá. Ao longo do tempo, o local ganhou claraboias, desenhos de gesso, marchetaria com influência açoriana nos assoalhos e outros detalhes.

5. Calçadões da Felipe Schmidt e Conselheiro Mafra

Saindo do Palácio Cruz e Sousa, que tal andar um pouco pela região em duas ruas exclusivas para pedestres? Os calçadões da Felipe Schmidt e Conselheiro Mafra estão próximos.

Nessas ruas, você encontra lojas de roupas, pedras preciosas, eletrônicos, acessórios, bijuterias, óticas, farmácias, perfumarias e mais.

Nas transversais é possível encontrar lanchonetes, bares e restaurantes para uma refeição rápida, antes de continuar o passeio pelo centro histórico de Florianópolis. Aproveite para pegar uma garrafinha d’água e se manter hidratado!

6. Largo da Alfândega

A próxima parada é o Largo da Alfândega, uma grande praça em frente ao edifício da antiga alfândega de Floripa, que deixou de funcionar em 1964, junto com o porto de Florianópolis.

Sim, Floripa tinha um porto ali no centro da cidade, que foi desativado por causa das obras de aterramento da baía Sul. 

Os cais, trapiches, a Ilha do Carvão, tudo isso desapareceu sob o manto de areia e pedras da modernização da cidade.

Na época do porto, a região central da Ilha de Santa Catarina funcionava a partir das atividades de comércio e serviço, todas em torno da vida portuária.

Reinaugurado em 2020, o Largo da Alfândega conta com um tablado que representa o espaço por onde as mercadorias chegavam e partiam, espelhos d’água e iluminação especial.

Há ainda um ponto de informações turísticas, lanchonetes e cafeterias em um espaço coberto por um telhado muito charmoso, feito no formato de renda de bilro.

7. Mercado Público de Florianópolis

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Ao lado do Largo da Alfândega está o Mercado Público de Florianópolis, que tem 123 anos.

O estabelecimento conta com 104 lojas que vendem desde ostras, mariscos e peixes, a objetos inusitados, como chinelos de plástico.

Também possui restaurantes e bares que atraem moradores e turistas.

A loja mais antiga do Mercado Público de Florianópolis está localizada na Ala Sul, no Box 29, e funciona há 75 anos. Trata-se de uma loja de utensílios culinários de inox, alumínio e ferro.

Fundado pelo libanês Gedeão Mansur, cuja foto está em uma das paredes do bazar, o espaço hoje é administrado por sua filha Marlene Mansur de Moraes.

Caso queira almoçar, esse é um excelente local para fazer essa pausa, antes de continuar o passeio pelo centro histórico de Floripa.

8. Camelódromo de Florianópolis

Saindo do Mercado Público, que tal fazer umas comprinhas no Camelódromo de Florianópolis?

O espaço conta com 134 boxes com os mais diversos produtos, de artesanatos a acessórios para eletrônicos, como películas e capas para smartphones de diferentes modelos.

Aproveite a passagem por lá para levar um lindo ímã da visita à Florianópolis ou lembrancinhas, como artesanatos locais.

9. Parque da Luz

Depois de almoçar, que tal fazer uma caminhada leve de 15 minutos até um parque? Se topar, basta ir até o Parque da Luz! Siga pela R. Francisco Tolentino.

O Parque da Luz é uma das áreas verdes de Floripa, com 37.435 m² e vista para a icônica Ponte Hercílio Luz e a orla marítima da cidade

O espaço conta com área de lazer, campo de futebol, esculturas, parque infantil, relógio de sol, quiosque, ciclovia, passeio para pedestres, viveiro para árvores frutíferas, bancos, mesas,  mesas para jogos de dominó e cartas, entre outras atrações.

Se você gosta de natureza, poderá avistar no local vários pássaros e espécies de plantas, especialmente as originárias da Mata Atlântica.

Aliás, sabia que esse parque já foi um morro?

Em 1960, começaram as obras do aterramento que deram origem à Avenida Beira Mar Norte. Mas de onde vinha a terra? A principal fonte era um morro próximo, onde funcionou o cemitério municipal até 1924.

Adivinha de qual morro estamos falando? Pois é, do local onde hoje está o Parque da Luz.

10. Forte Santana

O passeio continua pelo Forte de Santana do Estreito, construído a partir de 1761,  segundo projeto do Engenheiro Militar José Custódio de Sá e Faria.

Situado junto ao estreito de união das baías Norte e Sul, o forte tinha como função proteger a Vila de Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis.

Para reforçar a proteção da região, o outro lado da baía ganhou o Forte São João, para que juntos fizessem cruzamento de fogos contra barcos invasores.

Aliás, o Forte de Santana do Estreito tem um episódio marcante em sua história: em 1893, por causa da Revolução Federalista, trocou tiros com a esquadra rebelde. 

Hoje, o forte abriga o Museu de Armas da Polícia Militar de Santa Catarina e uma vista espetacular do cartão-postal da cidade: nossa próxima atração do roteiro pelo centro histórico de Florianópolis.

11. Ponte Hercílio Luz

Chegou a vez dela: a belíssima Ponte Hercílio Luz.

O passeio pela ponte é encantador, independentemente de ser feito de carro ou a pé.

Com o objetivo de ligar a ilha de Santa Catarina ao continente, substituindo as balsas, a ponte foi inaugurada em 1926.

Só que a ponte estava inativa desde 1982. Foi tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional em 1997 e, sendo o mais importante cartão-postal da cidade, foi revitalizada e reaberta à visitação para os turistas.

Seu comprimento total é de 819,471 m, com 259 m de viaduto insular, 339,471 m de vão central e 221 m de viaduto continental.

Já a estrutura de aço tem peso aproximado de 5 mil toneladas. Seus alicerces e pilares contam com 14.250 m³ de concreto. São números impressionantes!

O projeto é de autoria dos engenheiros norte-americanos Robinson e Steinmann e todo o material nela empregado foi trazido dos Estados Unidos.

Aliás, 19 técnicos norte-americanos capitanearam a construção da ponte com operários catarinenses.

Mas o idealizador da ponte foi Hercílio Luz, que tinha o objetivo de consolidar Florianópolis como a capital do Estado de Santa Catarina. Isso porque, por ser uma ilha, a região era considerada distante do resto do estado.

Na época, havia um movimento pregando a mudança da capital para Lages.

Hercílio Luz não viu seu sonho ser concluído, mas teve seu nome atribuído à obra que idealizou.

12. Trapiche da Av. Beira-Mar Norte

Depois do passeio pela Ponte Hercílio Luz, se ainda tiver pique, siga pela Av. Jornalista Rubens de Arruda Ramos até o Trapiche da Avenida Beira-Mar Norte.

De lá você poderá ter uma bela vista do pôr-do-sol, enquanto toma uma água de coco e se prepara para voltar para o hotel.

Acabou o passeio pelo centro histórico de Florianópolis? Chegou a hora de descansar!

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Essa sugestão de caminhada pelo centro histórico de Florianópolis foi excelente, né?

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